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Escultura Dom Afonso Henriques torna-se ponto turístico na Casa do Minho

A Casa do Minho do Rio de Janeiro proporciona aos seus visitantes uma viagem no tempo. No dia 10 de junho, foi inaugurada uma grande escultura de Dom Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal. 

A imagem, que foi esculpida em Portugal, ficará instalada permanentemente na entrada da instituição na Zona Sul carioca.

Essa iniciativa faz parte de uma série de ações recentes por parte da Casa do Minho na cidade maravilhosa de promover a cultura e as tradições portuguesas no Brasil. A Casa realizou já grandes atualizações na sua estrutura, como a inauguração de um renovado restaurante típico português, Costa Verde, e trabalhos de comunicação visual, como imagens em grande escala e em alta resolução da região do Minho, tanto na parte interna do clube quanto no estacionamento. A Casa conta ainda com dois projetos audaciosos. A ampliação do estacionamento, com a construção de um ambiente subterrâneo, e a criação de um espaço interativo que servirá para abrigar uma biblioteca e que funcionará ainda como local de divulgação da região minhota, em parceria com as autoridades portuguesas.

Escultura visionária
A responsável pela obra foi a tradicional família de escultores Mendanha, de Portugal, composta por António Mendanha, o pai, e os filhos Vânia e Nuno. A imagem, modelada no barro e fundida no bronze, tem cerca de 250cm de altura e 900kg de peso. O projeto foi idealizado e realizado em três meses e a imagem chegou em navio ao Porto do Rio de Janeiro há algumas semanas.
“A imagem mostra um guerreiro apoiado com firmeza na perna esquerda enquanto a direita avança, sondando cautelosamente o espaço e o tempo em devir; as mãos seguram a espada contra o corpo, horizontalmente, em sinal de trégua momentânea, mas também de último argumento disponível para entronizar as ideias forjadas e defendidas; e, se a cruz dos Templários une, sobre o peito, os quatro pontos cardeais, o escudo com a cruz de Cristo, sobre as costas, remete, simbolicamente, para a sabedoria prudencial de quem soube proteger-se das ciladas urdidas no decorrer dos tempos passados”, explicam os escultores, que dizem aplaudir a iniciativa da Casa do Minho carioca.
“Estamos profundamente gratos à direção da Casa do Minho do Rio de Janeiro, nas pessoas do seu presidente Agostinho dos Santos e do diretor Paulo Ribeiro, pelo privilégio do desafio que nos foi lançado, e pela confiança em nós depositada. Sentimo-nos verdadeiramente honrados e reconhecidos. Importa sublinhar o alcance e o significado que esta obra tem para nós, pois, sendo um trabalho destinado ao Brasil, sentimos o peso e a responsabilidade implícitos, visto tratar-se de um país com um legado artístico ímpar. Logo, conhecedores do nível de exigência, ajudou-nos muito o facto de nascermos perto de Guimarães, onde nasceu Dom Afonso Henriques, e de conhecermos os principais factos históricos da sua vida. (…) Oxalá que a obra venha a constituir um elo, por mais humilde que seja, a estreitar as relações entre dois povos irmanados pela história”, sublinha a família Mendanha.

Fonte: Jornalista Igor Lopes

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